Escolas podem ser parceiras da natureza na educação sobre reciclagem de óleo

A separação de lixo que pode ser reciclado do lixo comum orgânico é atualmente uma ação relativamente comum nas residências. Basta observar os principais condomínios e notar a presença de lixeiras diferentes para recolher lixo reciclável.:

– campanhas educativas ao longo dos anos, principalmente nas escolas
– massificação de notícias sobre a importância de reciclar materiais que podem ser reaproveitados para a indústria como plástico, metal, papel e vidros e
– ações governamentais para coleta seletiva, principalmente envolvendo administrações municipais e campanhas de troca de óleo por produtos de higiene.

“A percepção geral é de que o lixo dito como normal é reciclável. Hoje é normal separar caixa de leite vazia e garrafa de vidro e esta é a desvantagem no óleo vegetal. Não é tão fácil separar óleo usado pela sua composição, não dá para dobrar feito papelão ”explica Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos.

O óleo vegetal tem outro detalhe que o diferencia dos demais materiais recicláveis: ele não pode ficar exposto nestas lixeiras pelo risco de vazamento e contaminação da própria lixeira, sendo necessário um recipiente exclusivo e separado dos demais materiais descartados. Se vazar junto com outros materiais, como papelão e papel, o óleo inutiliza toda a cadeia de reciclagem:

“Esse é um obstáculo que empresas do setor de reciclagem, entidades governamentais e instituições de ensino precisam superar. O óleo vegetal usado deve ser descartado corretamente por ser um resíduo perigoso para o meio ambiente pela sua consistência. A contaminação de canais fluviais, lençóis freáticos, terrenos e ambientes com vida silvestre é muito maior quando o material contaminante é líquido.

Escolas precisam ser mais atuantes
O único modo de aproveitar o óleo usado é através do processamento e destinação final para empresas que trabalham exclusivamente com reciclagem, mas o primeiro passo é a conscientização da comunidade.

Vitor explica que não adianta criar este ecossistema envolvendo logística e legislação se as pessoas ainda não sabem como fazer ou, mais grave ainda, não sabem que existe essa possibilidade:

“O ambiente escolar é a chave para começar esta conscientização, criando uma corrente de engajamento sobre coleta de óleo com seus alunos, pais, professores e comunidade. Aconteceu com o papel e outros materiais sólidos, porém o óleo tem o desafio do armazenamento do material e é por este motivo que a sociedade precisa se mobilizar.”

O que pode ser feito
As escolas que já fazem este trabalho tem uma coletora apropriada, a bombona, e as pessoas levam o óleo devidamente engarrafado em uma embalagem pet. As escolas começam a fazer campanhas locais, gincanas e até a usar o mote da ecologia nas aulas para incentivar a destinação do óleo vegetal. O material é recolhido após um período acordado e este transporte precisa ser realizado com veículo adaptado para coleta. Além disso a escola ainda pode ganhar benefícios como o material de limpeza grátis para a instituição, além é claro de desenvolver a consciência social.

“A criança precisa de incentivo e constante explicações sobre o assunto. Os alunos estão sendo bombardeados com tanta informação nova da escola que justifica manter uma campanha constante que envolve a própria convivência social das crianças na escola e com a sociedade” explica Vitor.

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